segunda-feira, 13 de maio de 2019

MÉTODO DIDÁTICO EM FILOSOFIA

TÓPICOS DE ENSINO DE FILOSOFIA A PARTIR DO PROF. SÍLVIO GALLO

Para realizarmos as atividades propostas pelo PIBID UCS, o grupo de Filosofia se dedica a muito planejamento e pesquisa. No campo da pesquisa de métodos de ensino em filosofia, há de se mencionar a influência que o trabalho de Silvio Gallo exerce em nossa formação, ao refletir sobre a formação de professores da área. Este expoente da Filosofia e Pedagogia investe em duas metodologias para o ensino filosófico, em especial no ensino médio.
A primeira, onde o problema aponta para o conceito, propõe quatro passos didáticos, partindo da sensibilização, problematização, investigação e culminando com a conceituação. A segunda ele chama de “método regressivo”, tendo no conceito a base para se chegar ao problema. Claro que não acreditamos em “fórmulas mágicas” e engessadas, afinal a educação esta sempre em movimento, é um campo dinâmico, mas buscamos, em reconhecidos exemplos, a inspiração para nossas propostas pedagógicas.

Para saber mais sobre o professor Dr. Sílvio Gallo:

http://www.somos.unicamp.br/professores/view/2962


Autor do texto: Graduando em Filosofia e Pibidiano: Max Grabriel de Souza

quarta-feira, 1 de maio de 2019

PREPARAÇÃO DAS OFICINAS

PLANEJAMENTO DAS OFICINAS FILOSÓFICAS



      O grupo do Pibid das Humanas de Filosofia da Universidade de Caxias do Sul esteve reunido, em 30 de abril de 2019, para atualizar  e redimensionar as Oficinas Filosóficas que serão ministradas, para os alunos de ensino Médio do Instituto Estadual de Educação Cristovão de Mendonza no mês de maio.
     Um dos grandes desafios, para se organizar esse tipo de atividade refere-se à escolha do tema. Assuntos distantes da realidade dos alunos de Ensino Médio, geralmente, dificultam o sucesso e a eficiência do trabalho docente.
     Assim, para superar os obstáculos que possam gerar dificuldades na efetivação dessa atividade, faz-se necessário uma rigoroso e metódico planejamento. Os pibidianos de filosofia juntamento com os professores do grupo estão conscientes da grande responsabilidade e buscarão uma prática pedagógica que possa engrandecer a todos os envolvidos. 
      Busca-se que as as oficinas filosóficas sejam o grande momento do primeiro semestre do PIBID de Humanas/Filosofia, ou seja, culminação de meses de trabalho de reuniões, planejamento e  muitas troca de mensagens via redes sociais. Todo esse esforço culminará, com acertos e erros, com certeza, em melhores práticas docentes para todos.

Texto: Prof. Luís Fernando Biasoli - Equipe Pibid/Humanas

quarta-feira, 24 de abril de 2019

ENCONTRO DOS "AMIGOS DO SABER"

    
   
   A rotina de trabalho imposta para os pibidianos e seus coordenadores não se resume apenas as reuniões, planejamentos, inserções e eventos, apesar destes tomarem boa parte do nosso investimento de tempo. É necessário, também, fortalecer as relações interpessoais dentro do próprio grupo. Pensando nisso, o PIBID de Filosofia da UCS realizou a primeira confraternização deste novo ciclo, em uma janta na residência de nosso professor Luís Fernando Biasoli, onde fomos recebidos por sua família e amigos.
     Durante muito tempo a filosofia foi traduzida como “amor ao saber”, mas de um tempo para cá passou-se a preferir “amizade”, sendo o filósofo o “amigo do saber”.  Estreitar os laços de amizade e parceria é mais que necessário para alcançarmos nossos objetivos neste ano de grandes desafios. E continuaremos assim, unidos na filosofia e no companheirismo.
       A noite de 13 de abril de 2019 ficará marcada na mente dos pibidianos que puderam comparecer como um momento especial de entrelaçamento social, rica convivência, boa comida e conversas agradáveis. Afinal, os filósofos já na Antiguidade grega mostraram que ao redor de uma boa mesa é possível filosofar - que o diga Platão com seu  O Banquete.

quinta-feira, 28 de março de 2019


PIBID: ESPAÇO DE FORMAÇÃO CONTINUADA  - iniciando 2019

           Um dos objetivos principais do PIBID é a atualização constante dos futuros professores, pois o conhecimento, sobretudo, no século XXI é uma ferramenta muito dinâmica e em constantes transformações. Assim, no dia 16 de março de 2019, no Bloco M da UCS, tivemos uma manhã de formação que envolveu toda a comunidade do PIBID da Universidade de Caxias do Sul.
          Um dos palestrantes foi o Dr. Vanderlei Carbonara, professor do Pós-Graduação em Educação da UCS e que já foi coordenador geral do PIBID da universidade. O palestrante abordou sobre a importância do programa do MEC para as licenciaturas, como também, mostrou o diferencial que os participantes podem ter em sua formação ao se agregarem nesse projeto que ajuda na formação e qualificação de futuros professores. Esse programa federal que já tem uma década e grandes serviços prestados para a educação brasileira, já que conecta já nos primeiros passos da licenciatura os alunos às escolas. 
           Houve outros momentos nessa manhã, como a fala da Pró Reitora de Graduação, professora Nilda Stecanella, como também, houve uma apresentação artística encenada e produzida por alunos de uma escola da rede pública onde os alunos do PIBID tem inserção.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

CORPO E MENTE. Reflexões sobre a mente Humana

  
                             CORPO E MENTE. Reflexões sobre a mente Humana     


      A oficina foi desenvolvida a partir de um dos mais importantes temas que perpassam pela história da filosofia ocidental e que, com o avanço das ciências, tem se tornado mais presente nos dias atuais. “O que é a Mente?” norteou a atividade, que teve como principal objetivo estimular o senso crítico partindo de uma importante questão filosófica, de modo a despertar no jovem o interesse pelo debate filosófico da contemporaneidade, levando em consideração os conhecimentos clássicos da filosofia, que muitas vezes já eram conhecidos pelos alunos, e conhecimentos já consagrados pela ciência. Intitulada como “Corpo e Mente”, a atividade foi realizada de modo a tecer provocações acerca dos conceitos de alma, consciência e mente, fazendo um contraste com as noções de mundo sensível, percepção corpórea da realidade e cérebro e, partindo de autores como Platão e René Descartes. Em um primeiro momento, os participantes da atividade foram expostos a uma série de conceitos filosóficos sobre a noção de realidade. 
     Como de costume, a primeira questão levantada foi se Platão, ao defender a existência de um mundo imaterial e inacessível pelos sentidos, estaria sendo satisfatório com sua teoria em face às indagações que emergiriam dela. Em seguida, uma atividade de posicionamento foi sugerida aos alunos, que refletiram sobre a pergunta: “A mente se encontra no mundo sensível (material) ou no inteligível (imaterial)?”. Na sequência, foi efetuada uma breve exposição sobre o progresso da dúvida metódica, originalmente proposta por Descartes, da qual originou a conhecida máxima “penso, logo existo”. 
     A preocupação de Descartes era de assegurar que sua máxima fosse a base de todo e qualquer conhecimento humano; que ela pudesse servir de fundamento para toda a ciência, em última análise. Do “penso, logo existo” surgem duas importantes correntes de pensamento que são identificadas na filosofia: o dualismo e o monismo. Essa diz respeito à noção de realidade pensada como Platão, em que corpo e alma (mente) estão em lugares distintos e, portanto, separados; esta compreendendo que não há divisões e, por mais que nossos sentidos e intuição sugiram que sim, o mundo é, perfeitamente, uma coisa só. Além do dualismo e do monismo, uma terceira linha de pensamento, dessa vez mais próxima à filosofia contemporânea, foi apresentada para sustentar as provocações: o materialismo. 
     O materialismo basicamente compreende que a mente é o próprio cérebro, e que nada daquilo que seja imperceptível pelos sentidos pode produzir consciência. Defronte ao dualismo, novamente os alunos foram convidados a se posicionar. Uma discussão foi iniciada e anotações foram feitas. Dando continuidade à atividade, materiais em vídeo deram sequência à discussão, tomando por base a pergunta: “Fenômenos físicos (como um gol em uma partida de futebol) dão origem a Fenômenos Mentais (emoção, vibração, nervosismo, locomoção), ou fenômenos mentais é que originam fenômenos físicos?”, e ainda: “O que antecede a experiência, a mente ou o corpo?”. Essas questões abriram espaço para questionar se robôs podem vir a ter consciência, ou se há alguma propriedade ou aspecto fundamental que determina se algum sistema será dotado de consciência. 
      Para fins de fechamento, um último breve parecer, extraído do pensamento do filósofo francês Merleau-Ponty, foi utilizado. Nessa perspectiva, que é contemporânea, o que permite entendermos a nós mesmos como seres dotados de consciência é a percepção. A percepção é o fenômeno que antecede qualquer estado mental e físico. Desse modo, o tema foi finalizado subentendendo-se, não em definitivo, o seguinte: é porque percebemos a nós mesmos que podemos afirmar que existimos. Assim a oficina foi finalizada, seguido por algumas recomendações de produções cinematográficas que se baseiam no tema. Dentre as mais conhecidas, a série Westworld (2016), da emissora HBO e o filme Ex Machina (2015), da Universal Studios.




Bolsistas de iniciação envolvidos: Gabriel Andreghetti e Luís
Escola atendida e Projeto: Instituto E. Cristovão de Mendonça.
Séries atendidas: 1º ano ,  2º ano  
do Ensino Médio
Número de alunos atendidos: 52
Evento realizado em 21 e 28 de Novembro de 2018

Apoio - CAPES - Programa PIBID

SER E TEMPO EM HEIDEGGER

PERSPECTIVAS SOBRE A MORTALIDADE E REFLEXÕES SOBRE A CONDIÇÃO
HUMANA

     


     Pode-se dizer que os processos de aprendizagem se dão por meio da assimilação de conteúdos, ideias e vivências com o cotidiano, interpretando-os por meio dos diversos contextos de vida. Sendo assim, e pensando nessa perspectiva, elaboramos uma oficina filosófica voltada para uma questão presente nas diversas comunidades humanas: a morte e a finitude do homem. Buscando apoio em Heidegger e em seus conceitos de ser-no-mundo ser-para-a-morte, foi possível oferecer aos alunos a possibilidade de refletir sobre a vida, a morte e a própria existência.
 
     Com base na ideia de que a Filosofia pode expressar-se por meio da literatura, abordamos a obra Intermitências da Morte, de José Saramago, visando subsídios para uma abordagem também voltada a reflexões acerca do papel da mortalidade na sociedade constituída por humanos, a qual, até onde se sabe, é única a conviver com a noção da finitude. Dentre as dinâmicas utilizadas na oficina, foram entregues perguntas com o objetivo de despertar curiosidade e reflexão. Entre elas: Qual é o seu ser?; O ser é existência?; Como seria eu se eu não existisse?; Se o corpo acaba, o espírito vaga por ali no universo cósmico?; O problema é a vida acabar com a morte? Se não houvesse a morte, a vida passaria a ter sentido?

     Ainda convém ressaltar outras temáticas abordadas que auxiliaram na composição do diálogo, relacionadas com a questão da finitude humana e
 existência, como por exemplo a angústia e cuidado na filosofia Heideggeriana, a Carta sobre a felicidade (a Meneceu) de Epicuro, o mito de Sísifo, questionamentos sobre suicídio e pós-vida na cultura egípcia. Sempre com o intuito de trazer uma maior reflexão e problemática das temáticas apresentadas. Em meio a tais perspectivas, os estudantes sempre foram convidados a participarem e a se expressarem de modo a construir uma aprendizagem significativa.
 
     E por fim, como atividade final, os estudantes foram convidados a elaborar um cartaz composto pelos elementos que mais lhes interessaram ao longo da oficina. Além disso, foram disponibilizados os materiais e imagens sobre os conteúdos para que os estudantes pudessem personalizá-lo. Dessa maneira, buscou-se estimular a reflexão sobre a condição humana relacionada às questões da vida e da morte.Cronograma da oficina:1º Momento: Breve apresentação das bolsistas e dos alunos
2º Momento: introdução do tema e Importância de Heidegger
3º Momento: Aspectos do Dasein - Homem
4º Momento: Ser-no-mundo a partir do Compreender e do Sentimento de Situação.
5º Momento: Analítica Existencial do dasein a partir do Cuidado, Ser-para-a-morte e Temporalidade.
6º Momento: Angústia e Carta sobre a felicidade (a Meneceu)
7º Momento: Mito de Sísifo

8º Momento: Discussão sobre finitude humana com base na obra Intermitências da Morte, José Saramago
9º Momento: Perspectivas sobre Suicídio
10º Momento: Elaboração do Cartaz
Conteúdo trabalhado na oficina:Heidegger e a finitude humana - Em quais perspectivas o corpo possibilita pensar a vida e a morte?

Introdução e importância de Heidegger

     A temática da aula irá ser trabalhada a partir da abordagem feita por Martin Heidegger, em sua obra Ser e Tempo (1927). Heidegger é um Filósofo Alemão que nasceu em (1889 – 1976). Ele que está entre os maiores pensadores do XX. O propósito da sua obra Ser e tempo é a elaboração concreta da questão do ser, esta foi esquecida. Para ele a filosofia não tematizou a diferença entre ser e ente. Não pensar a diferença entre ser e ente é o que Heidegger chama esquecimento do ser. Tempo, compreensão e existência são temas importantes em sua obra assim como ser no mundo e ser para a morte. Heidegger não propõe apenas um desenvolvimento de uma Filosofia, mas o de uma ontologia, ou seja, um estudo do sentido do ser.Classificação dos entes (enquanto corpos)     Ente é tudo aquilo que existe, tudo aquilo que possui um é. Dessa forma, os entes podem ser percebidos como entidades corpóreas e materiais, enquanto seu ser é puramente abstrato, desvelando-se naquilo que é empírico e, portanto, corpóreo. A classificação dos entes elaborada por Heidegger demonstra três tipos diferentes, os quais são Dasein, ser-para e ser-simplesmente-dado. Dasein é o único ente que pensa sobre a própria existência e a existência dos demais entes.

Analítica existencial do Dasein a partir do cuidado, ser-para-a-morte e
temporalidade

     A analítica existencial se direciona ao estudo das estruturas existenciais do ser-aí. Dasein é utilizado por Heidegger para designar fundamentalmente o modo de ser próprio ao homem. Dasein é sempre um poder-ser. Visto que, no compreender se dá existencialmente esse modo de ser do Dasein que é o poder-ser, ou seja, é um ser-possível. A existência é histórica, dá-se por temporalidade, ou seja, finitude. Sendo assim, a analítica existencial a partir do cuidado tem total relação com uma condição específica do Dasein: ser-para-a-morte. De acordo com o conceito de cuidado que apresento aqui, podemos dizer que o cuidado é antecipação. O cuidado é antecipação porque está totalmente ligado com o ser-para-a-morte e com a ideia de finitude.


     O Dasein se reconhece como ser-para-a-morte, dado que, como foi dito, a morte é uma das condições inerentes ao ser do Dasein. A ideia de finitude é essencial na existência desse ente, porque a consciência da mortalidade (a morte é previsível e totalmente certa) influencia diretamente na conduta desse ente que se pergunta pelo ser, dado que a conduta humana geralmente tem como parâmetro a noção de finitude e temporalidade limitada. Com isso, podemos perceber que a condição existencial do Dasein permite que ele morra, dado que é um ente dotado de compreensão. Um ente-simplesmente dado não sabe que morre e, por consequência, ele não morre, apenas termina, some. Para morrer é necessário ter consciência da morte, ser um ser-para-a-morte, conviver com a noção de finitude. Ser homem significa ser-para-a-morte. 

     Heidegger é um filósofo que usa a temporalidade, pensa na perspectiva temporal, portanto, existir é estar no âmbito da temporalidade e do espaço. Existência aqui entendida como característica essencial do Dasein. O estar-aí não é senão enquanto ser-no-mundo. Angústia como fenômeno existencial da finitude humana.


Bolsistas de iniciação envolvidos: Deborah e Maria Zilda
Escola atendida e Projeto: Instituto E. Cristovão de Mendonça.
Séries atendidas: 1º ano, 2º ano do Ensino Médio
Número de alunos atendidos:
Evento realizado em 23 e 30 de Novembro de 2018
Apoio - CAPES - Programa PIBID

O MITO DE PROMETEU - A estética e o trágico na Grécia Antiga

NOSSO INÍCIO ESTÉTICO NO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO CRISTÓVÃO DE MENDONZA



      Após o sucesso das XI Olimpíadas de Filosofia realizadas, no mês de outubro de 2018, na Universidade de Caxias do Sul (UCS), a equipe de PIBID de Filosofia partiu para novas descobertas e desafios. Tendo como escola parceira o Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendonza (IEECM), nosso objetivo foi conhecer o ambiente e alunos desta que é uma das referências na educação pública no município de Caxias do Sul. Nada melhor do que oferecer às turmas de ensino médio que não tiveram a oportunidade de participar do evento na UCS o contato com os resultados atingidos.

      Neste sentido, organizamos junto ao Professor Osvair Morgan(IEECM) uma agenda, para a realização das oficinas. Dentre os diversos temas oferecidos citamos no momento a ministrada pelos pibidianos Gabriel e Laura, tendo como título Estética, a expressão do corpo social na tragédia grega e o Mito de Prometeu. Houve a preocupação de adaptar a oficina em vista a diferença de dinâmica e os ensinamentos alcançados no evento mencionado. 

      Pincelou-se conceitos importantes do ramo estético, em especial dos filósofos Platão, Aristóteles, Kant e Hume, sempre primando pela interação e participação dos alunos com suas ideias e realidades, além da apresentação e leitura de um trecho adaptado da tragédia Prometeu acorrentado, do dramaturgo grego Ésquilo (séc. V a.C.). Foram momentos de reconhecimento entre os pibidianos e alunos, além da oportunidade de já vislumbrarmos novas ações a partir da realidade observada.

Bolsistas de iniciação envolvidos: Max e Laura
Escola atendida e Projeto: Instituto E. Cristovão de Mendonça.
Séries atendidas: 1º ano ,  2º ano  
do Ensino Médio
Número de alunos atendidos: 50
Evento realizado em  Novembro de 2018

Apoio - CAPES - Programa PIBID